MISTURA FINA

ALEXANDRE LUSO DE CARVALHO, ADVOGADO EM PORTO ALEGRE/RS - BRASIL

Nome:
Local: Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil

Caros amigos, estou aqui para trocar idéias sobre assuntos importantes, como Direito e, outros, nem tanto, mas muito agradáveis e que dão um tempero todo especial à vida. Aproveitemos essa interação virtual. Abraço a todos.

24.2.07

VIAGEM AO MUNDO PELOS VINHOS - I


O gosto por vinhos e pela geografia fez com que meu “instinto desbravador” buscasse experimentar vinhos de diversos locais do Brasil e do Mundo.

Um dos países que me intrigou, nessa “jornada” foi a África do Sul. Pensei: “que diabo de vinho fazem lá na junção dos oceanos Atlântico e Índico?”. Preconceito? Falta de divulgação? Um pouco de cada.

A vinicultura na África do Sul iniciou no século XVII, quando as primeiras mudas que chegaram à região, provenientes da Europa, trazidas pela Companhia Holandesa das Índias Orientais, para consumo próprio e para abastecer os navios a caminho das Índias; o que faz do País a mais antiga das regiões produtoras do Novo Mundo. Em menos de cem anos, já contava com um vinho de grande reputação: o vinho de Constantia, um branco doce à base de Muscat, que chegou a ser o vinho doce mais famoso do mundo.

Nos 200 anos seguintes houve uma grande “invasão” de imigrantes, tornando a região grande produtora de vinho; tanto em variedade como em quantidade. Essa produção em massa e a falta de um cuidado maior tiveram como conseqüência a baixa qualidade da maioria dos vinhos.

No século XX, o apartheid atrasou a produção vinícola do país. O isolamento comercial, imposto pela ONU fez com que os vinhos sul-africanos ficassem esquecidos. Com o fim do regime e do isolamento econômico, os vinhos retornaram ao mercado internacional na década de 90, porém, sem uma boa imagem, marcas desconhecidas e preços extremamente baixos.

Todavia, com investimentos em tecnologia e formação de enólogos, o produto vem se adequando às exigências do mercado mundial, num salto qualitativo e quantitativo. Outro aspecto importante para a ascensão do vinho sul-africano, está na criação de uma identidade nacional para o produto. Não há mais preocupação em copiar estilo de outros países.

As melhores vinícolas são:REGIÃO DE CONSTANTIA (zona urbana da Cidade do Cabo)


Buitenverwachting – Produz o Christine (blend), Cabernet Sauvignon, Sauvignon Blanc, Chardonnay e Merlot.

Klein Constantia – Produz o Sauvignon Blanc, Chardonnay, Semillion, W. Riesling, Cabernet S., Shiraz, Pinot Noir, Marlbrook (blend). Todavia, a vinícola ficou famosa por produzir o legendário Vin de Constance, um vinho de sobremesa que segundo a publicação francesa Les Plus Grands Crus du Monde está entre os 44 grandes rótulos do Mundo.

REGIÃO DE STELLENBOSCH (concentra as melhores vinícolas do país)

Warwick - Especializada em Pinotage, Cabernet Franc, Trilogy(blend) e Cabernet Sauvignon.


Thelema - Um dos melhores exemplares de Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay e Sauvignon Blanc são produzidos nesta vinícola.


Grangehurst - Em apenas seis colheitas dessa "wine-boutique", produziu em 93 um dos poucos vinhos a receber cinco estrelas dos críticos locais. Produz o Cabernet-Merlot blend. Cabernet Sauvignon, Pinotage e Cabernet-Merlot blend.


Stellenzicht - Em 94 ele produziu um shiraz (Syrah 94). O vinho no exterior bateu os melhores shirazes australianos e franceses. Era vendido a US$30,00 a taça no hotel Waldorf-Astoria, em Nova Iorque!

Kanonkop - O Cabernet e o Paul Sauer (blend) são os vinhos produzidos nessa vinícola.


Vergelegen - É das adegas mais modernas do país. Apesar das vinhas ainda jovens, tem produzido Sauvignon Blanc, Chardonnay e Merlot de alta qualidade. Lievland – produz um excelente Shiraz e DVB (blend). O segundo rótulo da vinícola Lievlander recebeu um cinco estrelas da Decanter numa competição onde mais de 100 cabernet e cabernet blend sul-africanos participaram em Londres.


Mulderbosch – produz dos mais consistentes Sauvignon Blanc e Chardonnay do pais.

Meerlust - Produz um Merlot de primeira classe, Rubicon (blend), Pinot Noir e em 97 o primeiro Chardonnay da vinícola após 10 anos de experiência interna.


REGIÃO DE PAARL


Backsberg - Conhecida pela versatilidade, alta qualidade e baixos preços dos vinhos. Se sobressaem o Cabernet Sauvignon, Shiraz, Klein Babylonstoren (blend), Chardonnay e Chenin Blanc. Também produz excelente "brandy".


Fairview - Cria diversos estilos diferentes de vinhos. Bom vinho, ótimo preço. Chardonnay, Merlot e Shiraz se destacam.


Glen Carlou - Especializada no Grande Classique (blend), Chardonnay e Pinot Noir. Deu uma nova dimensão ao Chenin Blanc sul-africano nos últimos anos.


Veenwouden - Tem batido recorde de consistência. A vinícola produz Merlot, Veenwouden Classique (blend) e o segundo rotulo Vivat Bacchus.


REGIÃO DO OVERBERG (a melhor região do país em termos de condições climáticas)


Hamilton Russel e Bouchard Fynlaisson - Duas vinícolas que produzem os melhores Pinot Noir da África do Sul. O Chardonnay é outra cepa de qualidade nessas duas vinícolas.


A África do Sul também produz excelente “Sherry” e Vinho do Porto, que vêm sofrendo muita pressão do Mercado Comum Europeu para omitir os nomes “Sherry” e “Port” de seus rótulos. Seguindo o exemplo do Champagne, que na África do Sul é chamado de Methode Cap Classique ou “Sparkling Wine”.

Uma dica de vinho sul-africano de boa qualidade e que não é difícil de ser encontrado é o AVONDALE. Um assemblage (54% cabernet sauvignon, 22% merlot, 15% cabernet franc, 9% cabernet ruby), safra 2002. Encorpado, equilibrado, de bouquet e sabor notáveis e marcantes. Seu preço está em torno de R$50,00 a garrafa. Vale à pena.
Outro vinho sul-africano, para quem está com um orçamento um pouco mais apertado, mas que é interessante conhecer, é o TRIBAL. Um tinto, safra 2003; equilibrado, pouco adstringente, perfume agradável. Não "faz feio". R$20,00 a garrafa.

Portanto, desfeito o preconceito e falta de informação, agora o que nos resta “infelizmente” degustarmos os vinhos da África do Sul. Ao trabalho!

Fontes: http://www.abs-sp.com.br/ e http://basilico.uol.com.br

19.2.07

QUEM PODERÁ PARAR ESSA MÁQUINA?



Parece impossível. Acho que provavelmente seja impossível deter Roger Federer. Alguma eventual derrota no saibro para Rafael Nadal praticamente nem conta; aliás, conta sim! Conta tanto que deveria ser decretado feriado nacional espanhol, tamanho o feito que é.

A facilidade com que Federer joga faz parecer que o tênis é um esporte fácil. Que engano! O tênis é um esporte tão difícil que somente a genialidade desse homem pode fazer parecer que colocar uma bola sobre a linha, por exemplo, seja algo que se faz com a mesma naturalidade com que se respira.

Se até agora pensávamos ser Pete Sampras o maior tenista de todos os tempos, os números de Roger Federer e o que ele certamente alcançará nos faz ter sérias dúvidas, ou quase uma certeza: o suíço será o melhor jogador de todos os tempos.

Seus números impressionam: com apenas 25 anos de idade já ganhou 45 títulos de simples, dentre os quais Aberto da Austrália (2004, 2006 e 2007), Wimbledon (2003, 2004, 2005 e 2006), e US Open (2004, 2005 e 2006); faltando apenas Roland Garros, na França, para ganhar todos os títulos do Grand Slam.

Todavia, o que mais impressiona é que seu jogo provavelmente se mantenha nesse altíssimo e quase inatingível nível porque Federer é muito “mais jeito do que força”. Tal característica garante uma longevidade maior no esporte em relação aos atletas que tem “mais força do que jeito”. Vejamos o exemplo do jovem Rafael Nadal: quem aposta que o espanhol seguirá em seu nível quase alucinante de força e rapidez por mais cinco anos? Eu não aposto. Logo chegará um ponto para Nadal em que jogar no limite físico no qual joga será impossível, fazendo com que sua precisão e competitividade e, consequentemente, seu lugar no ranking desabem, como um castelo de cartas.

Federer consegue aliar o “tênis arte” com o “tênis de resultado”; seu jogo é plasticamente fantástico e de uma eficiência que dispensa comentários. Outro aspecto que chama a atenção, é que parece que o número 1 do Mundo não faz força para jogar tênis; parece que não sente o desgaste da impiedosa temporada da ATP, pois, mantém o nível o ano inteiro, “patrolando elegantemente” seus adversários, que parecem entrar em quadra para uma aula e não para uma disputa.

Bem amigos, preparem a pipoca, o suco, desliguem os celulares (importante desligar o celular!) e vamos para frente da TV, pois, a temporada tenística será longa e absolutamente fantástica. Garantia do Rei do Tênis: Roger Federer.

10.2.07

HISTÓRIA DO TANGO - I




Uma de minhas grandes paixões musicais é o tango; mas não somente o tango como música ou dança, mas sim como uma cultura, o modo de ser de um povo, a paixão e sua dramaticidade, a malandragem, a ironia, sua crítica.
Infelizmente a massificação do “lixo musical”, imposto pela mídia, engoliu o tango, assim como ao jazz, música clássica, a boa MPB, o bom samba, etc. Esse fenômeno ocorreu, infelizmente, na Argentina com seu maior patrimônio cultural.
Tentemos entender um pouco do que significa o tango através de sua história, casos pitorescos, personalidades e, principalmente, a música.
O Tango nasceu nos fins do século XIX derivado das misturas entre as formas musicais dos imigrantes italianos e espanhóis, dos crioulos descendentes dos conquistadores espanhóis que já habitavam os pampas e de um tipo de batuque dos negros chamado "Candombe". Há indícios de influência da "Habanera" cubana e do "Tango Andaluz". O Tango nasceu como expressão folclórica das populações pobres, oriundas de todas aquelas origens, que se misturavam nos subúrbios da crescente Buenos Aires. Numa fase inicial era puramente dançante. O povo se encarregava de improvisar letras picantes e bem humoradas para as musicas mais conhecidas, mas não eram, por assim dizer, letras oficiais, feitas especificamente para as músicas nem associadas definitivamente a elas. Em público, dançavam homens com homens. Naqueles tempos era considerada obscena a dança entre homens e mulheres abraçados, sendo este um dos aspectos do tango que o manteve circunscrito aos bordéis, onde os homens utilizavam os passos que praticavam e criavam entre si nas horas de lazer mais familiar. Mais tarde, o tango se tornou uma dança tipicamente praticada nos bordéis, principalmente depois que a industrialização transformou as áreas dos subúrbios em fábricas transferindo a miséria e os bordéis para o centro da cidade. Nessa fase haviam letras com temática voltada para esses ambientes. São letras francamente obscenas e violentas.Por volta de 1910 o Tango foi levado para Paris. Existem várias versões de como isso aconteceu. A sociedade parisiense da época em que as artes viviam o modernismo ansiava por novidades e exotismos. O tango virou uma febre em Paris e, como Paris era o carro chefe cultural de todo o mundo civilizado, logo o tango se espalhou pelo resto do mundo. A parcelas moralistas da sociedade condenavam o tango, assim como já haviam se colocado contra a valsa antes, por o considerarem uma dança imoral. A própria alta sociedade Argentina desprezava o tango, que só passou a ser aceito nos salões de alta classe pela influência indireta de Paris.Em 1917 começaram a surgir variantes formais do Tango. Uma delas, influenciada pela romança francesa, deu origem ao chamado Tango-canção. Tangos feitos para musicar uma letra. A letra passa a ser parte essencial do tango e conseqüentemente, surgem os cantores de tango. O tango já não é feito exclusivamente para dançar. É considerado o primeiro - ou pelo menos mais marcante nessa transição - Tango-canção o "Mi Noche Triste" com uma letra que Pascoal Contursi compôs, em 1917, sobre uma música mais antiga chamada "Lita". Nos cabarés de luxo da década de 1920, o tango sofreu importantes modificações. Os executantes não eram mais os pequenos grupos que atuavam nos bordéis, mas músicos profissionais que trouxeram o uso do piano e mais qualidade técnica e melódica. Carlos Gardel já era um estrondoso sucesso em 1928. Sucesso que durou até 1935, quando faleceu vítima de um acidente de avião quando estava em pleno auge. Gardel cantava o tango em Paris, Nova York e muitas outras capitais do mundo, sempre atraindo multidões, principalmente quando se apresentava na América latina. Eram multidões dignas de Elvis Presley e Beatles. Também foi responsável pela popularização do tango estrelando filmes musicais de tango produzidos em Hollywood.A década de 1940 é considerada uma das mais felizes e produtivas do tango. Os profissionais que haviam começado nas orquestras dos cabarés de luxo da década de 1920 estavam no auge de seu potencial. Nessa época as letras do tango passaram a ser mais líricas e sentimentais. A antiga temática dos bordéis e cabarés, de violência e obscenidades, era uma mera reminiscência. A fórmula ultra-romântica passa a caracterizar as letras: a chuva, a garoa, o céu, a tristeza do grande amor perdido. Muitos letristas eram poetas de renome e com sólida formação cultural.A década de 1950 conta com a atuação revolucionária de Astor Piazzolla. Piazzolla rompe com o tradicional trazendo para complementar os recursos clássicos do tango influências de Bach e Stravinsky por uma lado, e por outro lado do Cool Jazz.Nessa época o tango passa a ser executado com alto grau de profissionalismo musical, mas no universo popular a década de 1950 vê a invasão do Rock'Roll americano e as danças de salão passam a ser prática apenas de grupos de amantes. Na década de 1960, uma lei de proteção á música nacional Argentina já está revogada, e o tango que era ouvido diariamente nas rádios vai sendo substituídos por outros ritmos estrangeiros, enquanto as gravadoras já não se interessam mais pelo tango. A juventude não só pra de praticar o tango no lazer cotidiano como passa a ridicularizá-lo como coisa fora de moda. Com o desinteresse comercial das gravadoras, poucos grandes tangos foram compostos. Tem sido mais comuns, as releituras de antigos sucessos e reinterpretações modernizadas dos maiores sucessos dos primeiros tempos. Hoje a crítica Argentina detecta um retorno do tango, cada vez mais freqüente em peças teatrais e cinematográficas. Em 1983 se apresentou em Paris uma inovação relativa aos espetaculosa planejados para o exterior: os casais de profissionais que integravam o elenco provinham da "milonga porteña". Era quebrada a imagem de bailarino acrobático.


UM HOOLIGAN A SERVIÇO DE SUA MAJESTADE




“Bond, James Bond”... Quando lemos ou ouvimos essa frase, logo sabemos que se trata do incomparável agente 007 – personagem criado por Ian Fleming – e associamos automaticamente a sofisticação, charme, coragem, ao sucesso com as mulheres (invejável sucesso) e a um toque do velho humor britânico.

Essa classe, maior característica de Mr. Bond, foi encarnada com absoluta competência por Sean Connery (por unanimidade escolhido, o melhor de todos), por Pierce Brosnan, em minha opinião o segundo melhor 007; com um toque mais irônico por Roger Moore – apesar de canastrão –, sem o mesmo brilhantismo por Timothy Dalton e George Lazemby, que atuou em apenas um filme.

Entretanto, o atual 007, interpretado por Daniel Craig, ao menos no filme Cassino Royale (bom filme de ação, diga-se), não lembra em nada James Bond; mais parece um hoolingan (aqueles torcedores ingleses que só pensam em quebrar a cara um do outro) do que o famoso e sofisticado agente do MI6, o serviço secreto britânico.

O atual 007 é excessivamente forte, violento, vive com a cara inchada e cortada de tanta pancada, além das mãos cheias de sangue; talvez até numa tentativa em tornar a coisa menos fantasiosa, mais humana. Não sei. Todavia, o atual 007 em nada lembra o velho James Bond que salvou o mundo de inúmeros vilões sem desarrumar o cabelo ou amassar o terno. Aliás, esse delírio cinematográfico e que chega as raias do deboche, é um dos pontos que fazem dos filmes da série um enorme sucesso mundial.

Portanto, até que se prove o contrário, desta vez “erraram na mão” e infelizmente, James Bond perdeu a classe... virou um “Rambo”.


HISTÓRIA DO TÊNIS - Capítulo I




O tênis é um dos mais apaixonantes esportes para quem o pratica ou apenas o aprecia. Sua plasticidade, sua mescla de força e sutileza, a técnica e estratégia necessárias para ser um bom tenista, bem como toda uma gama de fatores que fazem com que este jogo, de “sintonia fina”, seja absolutamente fantástico e desafiador será tema freqüente neste blog.

Entretanto, para os primeiros contatos com o Mundo do Tênis, é interessante sabermos um pouco da História do Tênis, em rápidas pinceladas, para que tenhamos toda a noção da dimensão do que é este esporte; desde o amadorismo até o milionário circuito profissional.

“(...) Alguns crêem que ele surgiu como uma variante dos antigos jogos de bola praticados por egípicios, gregos e romanos. Outros acreditam que o tênis deriva de um jogo romano chamado ‘harpastum’, que foi adaptado pelo país basco e recebeu o nome de ‘jeu de paume’ porque a bola era batida contra um muro com a palma da mão.No século XII, o jeu de paume difundiu-se por toda a França, com muitas modificações - tanto nas regras quanto na configuração dos campos. Ele deixou de ser jogado com a bola contra o muro, passando a ser praticado em um retângulo dividido ao meio por uma corda. Surgiu, assim, o ‘longue-paume’, que permitia a participação de até seis jogadores de cada lado.Mais tarde surgiu o ‘court-paume’, jogo similar, jogado em recinto fechado, mas de técnica mais complexa e exigindo uma superfície menor para sua prática. As partidas eram disputadas em melhor de 11 jogos, saindo vencedora a equipe que fizesse primeiro os seis jogos. Eis porque, no tênis, os seis jogos (games) definem, em regra, uma partida (set).Somente no século XIV apareceu a raquete, invenção italiana, que tornou o jogo de ‘paume’ menos violento e mais interessante, facilitando sua prática pelo resto da França.O esporte logo atravessou o Canal da Mancha e, já neste século, era muito conhecido em toda a Inglaterra, tendo o Rei Henrique VIII como um de seus praticantes mais habilidosos.Com o aparecimento da bola de borracha, em meados do século XIX, surgiu na Grã-Betanha o tênis ao ar livre, ou ‘Real Tennis’, bastante semelhante ao court-paume, mas sem paredes laterais e de serviço. Em 1873, o major inglês Walter Wingfield em serviço da Índia, a pedido das ladies inglesas entendiadas por não terem o que fazer, estudou os jogos precurssores do tênis e introduziu alterações em suas regras. Em 1874, Wingfield registrou a patente do jogo, ao qual se chamou ‘Sphairistike’ em homenagem aos gregos que assim chamavam os exercícios feitos com auxílios de bolas. Esse nome, no entanto, não durou muito, sendo logo substituído por Tênis, que provavelmente deriva do francês ‘tenez’ que significa PEGA! e era exclamado quando o jogador atirava a bola para o adversário.O tênis (chamado nessa época de ‘tennis-in-lawn’ por ser jogado em quadras de grama), logo expandiu-se por toda a Índia, impulsionado pelo entusiasmo das senhoras e logo chegou à Ingaterra, desbancando o cricket, maior sucesso da época em terras britânicas.A partir daí, o tênis teve suas regras modificadas e uniformizadas para ser praticado em todo o mundo. Passou a fazer parte da programação dos Jogos Olímpicos de 1896 a 1924 e foi suprimindo nesse ano. A partir de 1900, foi iniciada uma disputa da taça DAVIS, que equivale ao campeonato mundial de equipes, repartidas por zonas geográficas (americana, européia e oriental).
Na américa do Sul, o tênis tomou considerável impulso, principalmente a partir de 1921, ano em que começou a realizar-se a taça Mitre (campeonato sul-americano individual e por equipes), e mais ainda depois de 1948, ao ser instítuida a taça Patiño (campeonato sul-americano individual e por equipes juvenis), troféus que têm sido ganho várias vezes pelo Brasil”.


Fontes: http://www.sportenis.vilabol.uol.com.br/ e http://www.topsintenis.com.br/