MISTURA FINA

ALEXANDRE LUSO DE CARVALHO, ADVOGADO EM PORTO ALEGRE/RS - BRASIL

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Local: Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil

Caros amigos, estou aqui para trocar idéias sobre assuntos importantes, como Direito e, outros, nem tanto, mas muito agradáveis e que dão um tempero todo especial à vida. Aproveitemos essa interação virtual. Abraço a todos.

10.2.07

UM HOOLIGAN A SERVIÇO DE SUA MAJESTADE




“Bond, James Bond”... Quando lemos ou ouvimos essa frase, logo sabemos que se trata do incomparável agente 007 – personagem criado por Ian Fleming – e associamos automaticamente a sofisticação, charme, coragem, ao sucesso com as mulheres (invejável sucesso) e a um toque do velho humor britânico.

Essa classe, maior característica de Mr. Bond, foi encarnada com absoluta competência por Sean Connery (por unanimidade escolhido, o melhor de todos), por Pierce Brosnan, em minha opinião o segundo melhor 007; com um toque mais irônico por Roger Moore – apesar de canastrão –, sem o mesmo brilhantismo por Timothy Dalton e George Lazemby, que atuou em apenas um filme.

Entretanto, o atual 007, interpretado por Daniel Craig, ao menos no filme Cassino Royale (bom filme de ação, diga-se), não lembra em nada James Bond; mais parece um hoolingan (aqueles torcedores ingleses que só pensam em quebrar a cara um do outro) do que o famoso e sofisticado agente do MI6, o serviço secreto britânico.

O atual 007 é excessivamente forte, violento, vive com a cara inchada e cortada de tanta pancada, além das mãos cheias de sangue; talvez até numa tentativa em tornar a coisa menos fantasiosa, mais humana. Não sei. Todavia, o atual 007 em nada lembra o velho James Bond que salvou o mundo de inúmeros vilões sem desarrumar o cabelo ou amassar o terno. Aliás, esse delírio cinematográfico e que chega as raias do deboche, é um dos pontos que fazem dos filmes da série um enorme sucesso mundial.

Portanto, até que se prove o contrário, desta vez “erraram na mão” e infelizmente, James Bond perdeu a classe... virou um “Rambo”.